Por Clécia Rocha - adaptado
Os
artigos propostos para análise e construção de textos sem fugir à temática,
envolvem assuntos pertinentes ao dia-dia do profissional de comunicação,
sobretudo do jornalista. Além de orientações ao comunicólogo veterano, os
articulistas orientam aos profissionais em exercício e também aos que ainda não
exercem, como agirem em determinadas situações que a profissão as vezes
apresenta.
No tocante ao que afirma Antônio S. Silva, em seu artigo intitulado “As fontes, a realidade e os efeitos do jornalismo”, as histórias estão sendo contadas por diferentes agentes na sociedade e com elas o mundo vem ganhando novos contornos e formando identidades em diferentes regiões. Sendo assim, a realidade apontada por Silva, nos faz identificar que para o profissional de Jornalismo está a atribuição de ser um construtor da sociedade, uma vez que a mesma é pautada por aquilo que a mídia informa.
Comungando
com a opinião de Antônio S. Silva, Felipe Pena ao escrever sobre a Teoria do
Newsmaking, aponta que o jornalismo está longe de ser o espelho do real.
Salienta o autor que a notícia é apenas a construção de uma suposta realidade.
A afirmação de Pena, que a imprensa não reflete a realidade, mas sim ajuda a
construí-la, nos leva a compreender que, sendo o artigo analisado de forma mais
clara, o que se ler como notícia pode ser absorvido como a posição do autor da
declaração acerca de um determinado tema, situação ou assunto.
Uma
das orientações pertinentes informada pelo autor do artigo já citado, é que a
comunicação local tem menos fluxo do que aquela que atravessa fronteiras e
imaginários. Para o articulista, a dominação está na capacidade de apresentar
relatos, conforme prerrogativas culturais e de senso comum, onde a maioria se
encontra. Com isso, ele nos mostra a
necessidade de sempre estarmos publicando, reportando fatos pertinentes a
sociedade em que atuamos, procurando sempre não fugir do contexto cultural
local, da realidade como um todo.
Já
no artigo da jornalista Sylma Lima, intitulado como “As eleições e o papel da imprensa”, ela questiona se a nós resta a duvida do que
fazer, sem que sejamos notificados, ou obrigados a retirar matérias
jornalísticas do ar. Afinal, qual o papel do jornalismo se não é divulgar? Com
este questionamento, Lima nos faz refletir sobre as perseguições políticas que comumente acontece com uma boa parte dos
veículos de comunicação, quer sejam impressos, televisvos, online ou auditivo.
Uma
alerta que a jornalista e articulista faz para os profissionais, ou veículos
que sofrem perseguições políticas e acusações absurdas é apelar para a
Federação Nacional e Estadual de Jornalistas (FENAJ), que aparece no artigo analisado
como uma espécie de advogado, que por
sua vez dá o direito do profissional se defender.
Tratando
mais sobre como a imprensa deve agir durante as eleições, a jornalista enfatiza
que a legislação eleitoral não prevê nenhum tipo de censura à imprensa, pois o
seu funcionamento, ao contrário do que ocorre com as emissoras de rádio e
televisão, que tem regulamentos diferentes da mídia impresa e online, não
depende de concessão, permissão ou autorização do Poder Executivo. Embasada na
Legislação Eleitoral, Sylma Lima assegura que os jornais e revistas tem a
liberdade de apoiar candidaturas sem que isso configure propaganda eleitoral
ilícita.
Conforme
o art. 5º da Constituição, as propagandas eleitorais não limitam a liberdade de
imprensa. É fundamental ressaltar, que
no art. 220, está claro que nenhuma lei poderá conter dispositivos capazes de
criar embaraços à plena liberdade de informação jornalística e sendo assim
também veda qualquer tipo de censura.
Carlos
Castilho, no artigo “O protagonismo eleitoral da imprensa e o futuro da indústria
jornalística no Brasil”, descreve que a mídia sempre foi protagonista
relevante em eleições no país, mas, até agora, a sua participação foi menos
importante do que o posicionamento dos candidatos.
Segundo
Castilho, as polêmicas sobre o papel da mídia se limitava à sua estratégia
editorial, onde os candidatos faziam as denúncias e os jornais, revistas, TV e
rádios repercutiam. Esta é uma afirmação que não foge muito da realidade atual,
onde é comum observamos, sobretudo em períodos de campanhas políticas, que
todas a polêmica, boatos que circulam na sociedade, foram provocados por
notícias de políticos publicadas em algum veículos de comunicação.
Em
seu artigo, o autor relata que todo que ocorre em um período eleitoral,
acontece no terreno da percepção, ou seja, a forma como as pessoas percebem e
interpretam os fatos, processos ou dados por meio dos seus sentidos. Em uma
campanha política, as percepções são alimentadas pelos veículos de comunicação
e pelos formadores de opinião, com isso, Castilho só vem reforçar a responsabilidade
em que tem o jornalista, a de informar sempre a verdade.
Conclusão
Os
três artigos propostos para análise nos leva a refletir sobre o comportamento
do profissional de comunicação em uma das épocas mais movimentadas no cenário
da política brasileira, que se trata das eleições. Além de orientações
técnicas, todos os articulistas analisados, sobretudo a jornalista Sylma Lima,
fundamenta suas orientações respaudada pela Legislação Eleitoral.
São
textos indicados não apenas para quem está começando a carreira profissional,
mas também para os veteranos, que muita das vezes por terem caído na rotina do
dia-dia trabalhado não reivindicam pelos seus direitos e em outras situações,
sentem-se temerosos pelo Poder Público, esquecendo que a Imprensa é considerada
como o quarto poder.
Trabalho da Disciplina Agência de Notícias / Orientadora - Lílian Mattos
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